Sunday, June 01, 2008

O Corvo Branco

Algumas letras arranham no céu da boca
Um bando de borboletas selvagens
Rebela-se em meu estômago

Abri a janela para enxergar a árvore desfolhada
O pássaro branco sem olhos
Pousa sobre um galho seco

Ele sabe que estou aqui
Minhas pálpebras queimam
E me pergunto se ainda posso esperar

Não há manchas de sangue
Penas brancas, como um deserto
Onde toda a clareza é escuridão e ausência

Arrancaram a alma sem sujar as penas
Com a flor de sangue que brotou da tua cegueira

Enfeito meus cabelos e vou até a janela
Ver-te calado pela secreta indiferença.

1 Comments:

At 6/05/2008 8:51 AM, Blogger Lana said...

aain que lindo *-*
eu nao consigo escrever poemas :/ acho lindo que consegue, como voce *:

 

Post a Comment

<< Home