Moedas Partidas
O pai pensou em dinheiro
Quando sentiu o vazio do estômago esfaqueá-lo
Fez tijolos transformarem-se em moedas
E construiu o império Daquele que Veio do Nada
Em um solo que ansiava pelo veneno
A mãe pensou nos filhos
Pensou na comida, dissolveu-se em cada prato
E desapareceu de vez nos olhos de cada criança
O mais velho roubou o cofre
E teve a permissão do pai
O filho homem, por ser homem
O melhor filho
As patas de um porco sobre o veludo do castelo
Filhas nobres,de narizes suínos e afiados caninos
Apreciavam o perfume da riqueza
A carniça imperial
Chupem o sangue morto, vampiras!
Suas porcas suicidas!
Sentei-me à mesa para um banquete
Há porcos comendo e moedas partidas
Debaixo de seus cascos a vergonha perdida
Sinto o desespero da burrice
A febre da inveja perturbar e enlouquecer
Os olhos secos que viram a Europa
E as mãos que cortam queijos finos
Bocas e cifrões, bocas e palavrões
A família cresceu e decresceu
Da nobreza são mendigos.
2 Comments:
Parabens vc escre mto bem..adorei seus poemas...
By Any ^^)
http://www.garotas-amc.blogspot.com/
Oi :D
O poema é muito bom, muito forte.
Você tem personalidade ^^
Gostei!
:D
Parabéns pelo blog.
Abraços,
Daniel.
http://www.esovento.blogspot.com/
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