Monday, January 21, 2008

Sob o Gelo

Cheiro de flores murchas
Perfumam os pulsos inertes
Sobre o travesseiro
A noite anterior roubou alguma coisa
Que na verdade nunca tive
Fantasmas esperançosos
Levaram embora o taciturno,o fechado
Peito cruel e racional onde despejei
Um ódio tão caro quanto ouro falso.

Acordo esperando que o dia acabe
Durmo esperando que a noite passe
Nenhuma lágrima permanece
O céu de hoje desaparece
E dorme sobre o teu nome
Morre sobre o teu nome...
Gelado na tela de cristal
E tudo desacontece...
Desacontece como um feto
Que desiste de nascer.